Paissandú Drive-in, 2025
Vídeo instalação site-specific no Cine Paissandú
Vídeo instalação site-specific no Cine Paissandú
Paissandú Drive-in, 2025
Site-specific video installation at Cine Paissandú
Site-specific video installation at Cine Paissandú
O piso que aqui chamaremos de piso inferior é onde se encontra o atual estacionamento, enquanto o piso superior conserva uma das estruturas do antigo Cine Paissandú – sua arquibancadas (agora já sem assentos), o palco e a parede decorada que emolduraram o que um dia foi uma tela de projeção. Em uma das paredes do piso inferior, Cezar projeta Paissandú Drive In, resultado de uma montagem audiovisual realizada a partir de colage de tomadas de câmeras com perspectivas de carros que avançam pelas estradas. Para essa instalação, o cenário de estacionamento, com mínimas intervenções, mantém-se preservado em seu uso cotidiano, sendo composto pelos veículos estacionados e vazio dos frequentadores habituais. Saímos dessa “sala de projeção” com a impressão um tanto humorada de que o filme aí projetado foi feito à medida para esses veículos, que podem agora se imaginar em movimento pelos mais variados cenários e vivendo, por fim, outra vida. Ao acessarmos esse piso, é inevitável pensar no drive-in, tão popularizado nos
Estados Unidos dos anos 1950 e 1960 como expressão da cultura de massa e hoje praticamente obsoleto por ter cedido às irrefreáveis pressões do mercado imobiliário – que transformou em empreendimentos mais lucrativos os amplos terrenos “vazios” antes dedicados às sessões – e pela concorrência com os grandes marketplaces normalmente instalados em shopping centers.
Trecho do texto curatorial escrito por Marcela Vieira "Caverna Fantasma e o cinema em redoma: abordagens do cinema no espaço e
enquanto espaço".
Estados Unidos dos anos 1950 e 1960 como expressão da cultura de massa e hoje praticamente obsoleto por ter cedido às irrefreáveis pressões do mercado imobiliário – que transformou em empreendimentos mais lucrativos os amplos terrenos “vazios” antes dedicados às sessões – e pela concorrência com os grandes marketplaces normalmente instalados em shopping centers.
Trecho do texto curatorial escrito por Marcela Vieira "Caverna Fantasma e o cinema em redoma: abordagens do cinema no espaço e
enquanto espaço".
The floor that we will refer to here as the lower floor is where the current parking lot is located, while the upper floor retains one of the structures of the old Cine Paissandú – its bleachers (now without seats), the stage, and the decorated wall that framed what was once a projection screen. On one of the walls of the lower floor, Cezar projects Paissandú Drive-In, the result of an audiovisual montage made from a collage of camera shots with perspectives of cars driving down the roads. For this installation, the parking lot setting, with minimal interventions, remains preserved in its everyday use, consisting of the parked and empty vehicles of regular visitors. We leave this “projection room” with the somewhat humorous impression that the film projected there was tailor-made for these vehicles, which can now imagine themselves moving through the most varied scenarios and finally living another life. When accessing this floor, it is inevitable to think of the drive-in, so popular in the United States in the 1950s and 1960s as an expression of mass culture and now practically obsolete due to having succumbed to the unstoppable pressures of the real estate market—which transformed the large “empty” lots previously dedicated to screenings into more profitable ventures – and competition from large marketplaces usually located in shopping malls.
Excerpt from the curatorial text by Marcela Vieira titled “Caverna Fantasma and cinema in a dome: apporoaches to cinema in space and as space”.
Excerpt from the curatorial text by Marcela Vieira titled “Caverna Fantasma and cinema in a dome: apporoaches to cinema in space and as space”.
Photos: Manoela Cezar